terça-feira, 8 de junho de 2010

A PERDA (Para minha amiga querida Nádia e sua dor)


Deve doer quando uma árvore perde um galho para o machado. Quando uma parte dela foi levada pelo vento em alguma tempestade. A parte que se foi levou histórias boas que se pudesse falar, a árvore contaria. Perder alguém que se ama é como perder um pedaço de nós arrancado pela lógica cruel da vida. Palavras pouco podem nos ajudar, só o tempo lentamente vai sarando a ferida. Mas como numa cesariana sem resguardo a dor continua por longos anos. Até mesmo quando não há mais inflamação aparente ou sinais da ferida. Essa dor lancinante que se chama saudade, chega nos momentos de silêncio, nos aniversários, nas festas em família. Esta em tudo ao redor e nos espreita ao menor sinal de distração. Parece que nunca vai passar. Mas num dia distante passa. Com calma. Aos poucos. Não porque esquecemos os nossos amados, ela passa porque aprendemos a duros modos que é preciso continuar. É preciso seguir adiante e ter fé. E se você acreditar com todas as forças, talvez exista um lugar onde as
todas as partes se unem novamente, como um todo, perfeito e harmônico, e deve ser azul, como céu sem nuvens, azul num equilíbrio onde possamos ser inteiro novamente.

Leometáfora

2 comentários:

Danielle Souza ♥ disse...

Que lindo, primo! Ficou muito lindo mesmo. É o verdadeiro sentimento que temos quando perdemos algo tão importante em nossa vida! Te adoro ♥

Emilene Lopes disse...

Sempre haverá um novo amor, que cobrirá toda dor, na verdade um amor verdadeiro, pois aquele que passou e não ficou não era...
Bjs querido!
Mila Lopes