quarta-feira, 12 de novembro de 2008


Ah minha amiga, se é assim, que eu fale sobre algo que não seja o amor.
Eu que sempre me escondi com o tempo que carrega a humanidade,
temendo ir com ela expiar meus pecados com Deus. Responde-me amiga,
sobre o que contar: Sobre as guerras que os homens fazem a compensar um instrumento fálico,
débil ou insignificante? Sobre o terror que aprendemos a jorrar uns nos outros
numa festa profana de nossos egoísmos? Falar o que mudaria se não entregássemos
cada nosso respirar a esse capitão do mato que se chama destino? Não minha irmã
tão contundente e preocupada com os sais da terra. Sou um ser cansado e de juntas frágeis.
Se eu não falo do amor eu me desaprendo.
Leometáfora

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