terça-feira, 11 de maio de 2010

CLARINHA

No paço transparente onde os sonhos moram.
Na noite suspensa em que os poetas choram.
Nesses dias relampejantes de umidade e calor.
Tardava errante e fraco, o peito a suplicar amor.

Foi ver-te Clara, vertigem anunciada.
Coberta em estrelas, na noite enluarada.
Trouxeram os anjos afinal trouxeram!
Gritei ao vento os sons que me vieram.

Gritaria paixão se olhos meus mirassem.
Louvaria teus lábios se lábios meus falassem.
Mas tudo mudo e cego de um amor que afronta,
em sabedorias tolas que o sofrer desponta.

Num silêncio torpe, prefiro o anonimato,
à perder-te, Clara, a declarar-me em ato.
Prefiro as estrelas, te dirão que sinto.
Prefiro a saudade a condenar-me extinto.

Leometáfora

Um comentário:

Emilene Lopes disse...

Olá!
Nem sempre é bom manter um amor assim, abra o peito e girte este amor só assim sara a dor.
Bjs
Mila