
Já é dia. Não dei cabo do que me fere. Exausto escrevo outra carta com o mesmo nome de última. Gozo de alguma liberdade nessa hora. Não penso em te contar das minhas descobertas. Guardo pros dias de nossa velhice. Estou confuso! Será calma ou resignação? Sabe, eu nem sei! Mas não é medo. Existem momentos na vaga do tempo onde respiro melhor. Será você pensando em mim? Ou será a súbita melhora que antecede o mórbido barqueiro? Não! Não leves minha alma nefasto! E nem tardes a ir. A outros povos a devastar. Minha essência pertence a essa dama à qual escrevo agora. – Pronto! – Ele se foi, minha doce amada distante. – Temos mais alguns segundos! – O que tens feito? – Qual flor colherás hoje pra enfeitar teus cabelos? – Quem te fará sorrir esperando tomar toda uma vida numa boca? – Ah! Disfarço bem o ciúme?
– Ou o choro sufocado ainda me escapa?
Leometáfora
Um comentário:
Nossa... Que lindo... Parabens, você escreve muito bem... Beijos
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