segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Era pra ser feliz, mas não foi. Ficou brincando com o vento. Com a poeira do tempo. Com o escárnio do mel.
Era pra ser feliz, mas não foi. Era muito menino. Muito calado. Vestia chinelos, falava com o céu.
E a vida passou. Não houve perdoes. Ninguém avisou. Pobre, nem viu.
A flor moribunda que colheu na esperança das sementes, não vingou.
E o amor machucado de ressentimentos, não fez o coração se animar.
Foi tudo tão pouco. Não era pra ser. Se conformou.
Mas porque essa fenda no peito,
Essa imensa vontade de não ir?
Era pra ser feliz?
Foi tudo premeditado?
Nem lembra.
O gosto pela saudade é o que o alimenta.

Leometáfora

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